A proposta de Férias em Omã encontra-se na programação do Operador Quadrante já há alguns anos, mas este ano a empresa decidiu fazer uma aposta mais forte no destino. E para isso fez a visita de inspeção que nos levou a apreciar os mais importantes pontos turísticos do belíssimo Sultanato.
Omã oferece-se a quem o visita como um país encantador e muito acolhedor que ainda preserva características de um destino pouco explorado pelo turismo, logo, mantém a autenticidade e originalidade de um país árabe. São pormenores que muitas vezes não conseguimos encontrar nos países vizinhos, onde a indústria do turismo cresceu desmesuradamente sem outra preocupação que não fosse a massificação do turismo.
Tratando-se de um destino ainda muito desconhecido para a grande maioria dos portugueses, parece-nos importante realçar algumas informações gerais sobre o Sultanato.
Localizado na Península Arábica, Omã faz fronteira com a Arábia Saudita, Iémen, Emirados Árabes Unidos. O estreito de Ormuz demarca a divisão dos dois golfos, o Pérsico e o de Omã, formando um corredor marítimo por onde passa mais de 60% do petróleo arábico; já na margem oriental, podemos visitar o Irão e o Paquistão.
Sua Alteza, o Sultão Qaboos bin Said Al Said, é o chefe de estado e de governo desta monarquia absoluta, desde 1970. Tratando-se do decano dos monarcas do Medio Oriente é também o sétimo monarca com o reinado mais longo em todo o mundo. O Sultanato de Omã está entre as mais ricas economias mundiais e o mais importante para quem procura um destino para as suas férias, traduz-se em que Omã é considerado um dos destinos mais seguros do planeta.
A revolução que entregou o poder ao actual monarca, teve como primeiro objectivo a educação dos Omanis e a modernização do país; e como primeira preocupação a preservação da identidade cultural do Omanis e a cultura árabe, nos costumes e tradições, na culinária, na arquitectura… tudo que fosse identificativo deste povo.
Portugal e o Sultanato na historia
Portugal era senhor de mais de metade do mundo e por aqueles tempos a importância da capital de Omã não passava despercebida aos portugueses que a invadiram em 1507, anexando o território à coroa de Portugal, transformando a cidade na maior base militar portuguesa em território islâmico, tendo sido a ultima a cair em toda a Arábia
MASCATE a capital…
Localiza-se na costa do Golfo de Omã e as altas montanhas fortificam-na, oferecendo-lhe uma defesa natural. É a maior cidade do sultanato e, actualmente, divide-se em duas zonas distintas. As grandes montanhas criam as fronteiras naturais entre a histórica cidade e a moderna capital, onde começamos por fazer uma visita aos principais bairros que acolhem as unidades hoteleiras e a uma das mais imponentes construções do sultanato.
MESQUITA DO SULTÃO QABOOS
Trata-se de um projecto magnífico, ocupando um espaço de 416 mil metros, com todo o complexo a estender-se por uma área de 40.000 metros quadrados. Num dia de cerimónia, pode albergar 20.000 fiéis. Por si só, são números suficientes para se perceber a dimensão da obra inaugurada, a 4 de Maio de 2001, pelo monarca que lhe dá o nome.
Todo o edifício é construído em arenito índio, ostentando uma cúpula central que atinge 50 metros de altura a partir do chão. O imponente minarete que a enobrece, tem 90 metros de altura e os restantes 4 menores, que a ladeiam 45,5 metros.
Tudo na construção teve o objectivo de ser o superlativo, não se poupando nos detalhes, nem se economizando na ostentação. Destaca-se, o enorme lustre de cristal fabricado na Alemanha, com 14 metros de altura, que foi até há pouco tempo o maior do mundo.
Em todas as mesquitas por esse mundo fora, as musallas (salas de oração) estão cobertas dos típicos tapetes orientais. Nesta mesquita, como se não bastasse o piso ser de um precioso alabastro, ainda se encontra coberto por um tapete único, que tem nada mais, nada menos que 21 toneladas de peso, trabalhado em Mil e Setecentos milhões de nós! Para a sua conclusão final, foram precisos 4 anos e utilizadas 28 cores em vários tons, a maioria a partir de produtos vegetais tradicionais. Com dimensões superiores a mais de 70 metros por 60, cobre uma área de 4.343 metros quadrados do belíssimo salão de orações, tudo numa só e única peça. É realmente impressionante. Já foi o maior tapete do mundo, mas a constante competição entre reinos e sultanatos da região classifica-o, actualmente, como o segundo maior.
Todas estas riquezas, todos estes luxos, todos estes superlativos não se sobrepõem a um pormenor que penso não deixar indiferente a quem visita a mesquita, caso não se fique exclusivamente absorvido com a necessidade que um povo tem em se distinguir dos outros povos: a sensação de calmaria e tranquilidade que absorvemos quando entramos e começamos a percorrer o complexo é completada por uma paz divinal, quando por breves momentos nos sentamos no imenso tapete para descansar e usufruir desse momento tão inspirador, independentemente da fé que tenhamos.
(continua)