A rede viária do nosso concelho tem recebido significativas melhorias na qualidade do seu piso, o que se aplaude. Todavia, devia suscitar mais atenção dos responsáveis municipais pela segurança das nossas estradas, em especial todas aquelas que foram repavimentadas.
Estas melhorias deviam ser acompanhadas com implementação de medidas de acalmia do trânsito rodoviário, devidamente sinalizadas. Infelizmente, são escassos os exemplos onde estas preocupações foram levadas a sério.
Esta realidade é constatada quando percorremos as estradas do nosso concelho, onde esbarramos com imensas situações de falta de segurança na circulação viária, com particular gravidade, nas vias municipais. Existem escolas, igrejas, centro urbanos das freguesias, zonas Desportivas, situadas ou próximas de Vias Municipais, onde a sinalética horizontal está ausente, bem como elementos de redução /acalmia da velocidade para os veículos automóveis.
A segurança na circulação automóvel, deve ter como primeira prioridade, a proteção de pessoas e bens, devendo ser o cidadão/peão, a figura principal, aliás, tem sido este o elo mais fraco da circulação viária. A construção de passeios, de passadeiras devidamente sinalizadas e adequadas, as acessibilidades para cidadãos portadores de limitações físicas, não tem sido efectivamente levadas a sério.
O Poder Autárquico, tem de mudar o paradigma dos investimentos que vem fazendo, em especial quando relega a segurança das pessoas e bens para segundo plano. É inaceitável que os nossos peões continuem a circular na via pública sujeitos a gravíssimas situações de perigo.
De igual modo, assistimos a situações incompreensíveis de falhas na ‘Sinalização de Informação’ nas nossas estradas. Desde a sua qualidade, que deixa muito a desejar, pois muitas delas apresentam informação deficiente (quase invisível). Outras placas estão sujas, borratadas (pichadas). Outras, estão enferrujados, amachucados, etc. É incompreensível a insensibilidade de alguns Autarcas das Freguesias ao permitir a presença de sinalização com “informação deficiente” dos limites dessas Freguesias. Nesta oportunidade, deveria o município estabelecer uma postura única para os ‘Sinais de Informação’ para todo o Concelho. Hoje, assistimos a um Folclore de sinais de que em alguns casos, chega a ser ‘patusco’. Este desleixo negligente não dignifica o nosso concelho!
Ainda na temática da segurança da rede viária concelhia, cabe uma chamada de especial atenção ao que se passa na maior rotunda do concelho, que dá acesso à A32 e ligação a Arouca. Obra executada recentemente, é um mau exemplo de segurança para os peões, que são obrigados a atravessar a EN 223 quando percorrem a Estrada Municipal 51, Milheirós de Poiares-Pigeiros. Recorde-se que esta rotunda é uma das principais entradas no concelho de Santa Maria da Feira. Sem esquecer a Segurança dos peões, esta exige-se a requalificação desta rotunda, pois foi anunciada como uma contrapartida atribuída pelo licenciamento do Hipermercado Mercadona em S. Maria da feira. É preciso explicar aos Feirenses o que se passa com esta promessa, esperando que a mesma, não caia no esquecimento!
Por fim, depois destas constatações, concluímos que a melhoria nos pisos das nossas estradas, aumenta significativamente a sinistralidade rodoviária, pois convida os automobilistas a velocidades excessivas. Assim recomenda-se como prevenção para a segurança na circulação de pessoas e bens a implementação de medidas de acalmia de tráfego, (troços de piso desnivelado), recolocar sinalização horizontal, pois, após na maior parte das repavimentações, as linhas de eixo da via e das margens, que desapareceram, sendo urgente a sua reposição. Os custos com estas melhorias são residuais no orçamento municipal, pois o que parece faltar é sensibilidade para a ‘segurança viária das nossas estradas’. Urge acordar deste marasmo e tomar medidas.