Mas o que é um nômade digital?
Nômade digital é uma tendência em ascensão. Ser nômade digital é ser um profissional que não depende de uma base fixa para trabalhar, ou seja, é um indivíduo que aproveita a tecnologia para trabalhar online e realizar as tarefas de sua profissão de maneira remota e, portanto, não precisa estar presente em um escritório, cidade ou país em particular.
Durante muito tempo foi um privilégio de poucos ser um nômade digital, porém, como a pandemia da Covid-19 impulsionou a transformação digital e, consequentemente, com a ajuda do exponencial avanço da tecnologia, a implementação do trabalho remoto em várias empresas ajudando, inclusive, a criar novas profissões do futuro, surgiu a possibilidade (e oportunidade) para que milhares de pessoas que estiverem dispostas a darem esse passo de desbravar o mundo à procura de lugares onde possam unir o útil ao agradável, ou seja, trabalhar com qualidade de vida, possam se tornar nômades digitais. Segundo o relatório ‘2022 Worldwide Immigration Trends Report’ da Fragomen (https://www.fragomen.com), 35 milhões de pessoas (cerca de 3 vezes a população de Portugal) já se declaram nômades digitais.
Países com visto para nômades digitais
A Estônia foi o primeiro país do mundo a oferecer um visto de nômade digital para freelancers e trabalhadores remotos em junho de 2020. Em 2021, já existiam 14 paises e, segundo o artigo "49 Countries With Digital Nomad Visas – The Ultimate List", de Tracey Johnson, publicado em 25 de novembro de 2022, atualmente são 49 os países que disponibilizam um visto especial para nômades digitais. Esses vistos podem ter a duração entre 90 dias e doze meses, e, em alguns casos, podem ser prorrogados por um ou mais anos, dependendo do país emissor do visto. Portugal também está nesta lista, com o visto D2.
Se tiver curiosidade, poderá tomar conhecimento de cada um destes 49 países e o que é preciso saber para obter um visto, além dos benefícios, através da hiperligação www.alecsander.pt/cf/1
Existem espaços de coworking e outros negócios que atendem a alguma das suas necessidades e conforto, porém, apesar de 49 países oferecerem visto para nômades digitais, não existia, até então, uma vila digital.
Uma vila digital na ilha da Madeira
A Madeira é um dos poucos lugares da Europa que tem um clima com verões quentes e invernos amenos. Entretanto, assim como na maioria das cidades portuguesas e estrangeira, o turismo na ilha da Madeira despencou devido às proibições de viagens da Covid-19.
Foi então que Gonçalo Hall, 35 anos, nascido em Lisboa e CEO da NomadX, fundou o Nomad Village na Ponta do Sol, que fica na costa sul da Madeira, e o projeto Digital Nomads Madeira.
Além de disponibilizar um coworking e atividades em grupo no centro de Ponto do Sol, lembrando que a Região Autónoma da Madeira tem o melhor serviço de internet em Portugal, o projeto, em setembro de 2020, e intitulado de Nomad Village, adaptou produtos e serviços locais, como aluguer de viaturas, alojamentos, consultores, advogados, entre outros, para atender às necessidades dos nômades digitais.
Um vídeo do projeto pode ser visto em www.alecsander.pt/cf/2
* O autor escreve em português do Brasil