Vivemos num país, em que nos últimos 27 anos, quase 21 anos são de governação socialista e curiosamente, desde que a Troika saiu de Portugal em 2015, os portugueses estão hoje mais pobres do que estavam em 2015, com a desigualdade a aumentar com a maior carga fiscal de sempre.
De acordo com o site Pordata, a taxa de intensidade de pobreza passou de 26,7% em 2015 para 27.1% em 2020, isto significa que em 2020, metade das famílias pobres viviam com um rendimento inferior a 404 euros, na prática os mais pobres ficaram ainda mais pobres… um aumento substancial da taxa de risco de pobreza entre quem trabalha, que passou dos 9,6% aos 11,2%, atingindo o máximo de uma década”. Ou seja, trabalhar deixou de ter um efeito protetor no risco de pobreza.
Muitas pessoas andam desatentas porque a maioria do grande aumento de impostos veio nos indiretos, como o IVA, produtos petrolíferos, água e luz com mais taxas e taxinhas disfarçadas nas faturas mensais, sem esquecer a grande redução na dedução de despesas no IRS.
A nível local, temos um Estado centralizador que pouco recurso dá às autarquias locais (câmaras municipais e juntas de freguesia) que é quem mais próximo está das populações. O Partido Socialista fala imenso de descentralização, mas depois passa algumas competências, mas não envia os recursos financeiros para as aplicar, ou seja, uma falsa descentralização. Do mesmo modo temos também a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, liderada pelo PSD que é das que menos competências e orçamento para as juntas de freguesia, o poder político mais próximo das pessoas.
A Iniciativa Liberal nos seus princípios “entende que a liberdade está intrinsecamente associada à responsabilidade. A autonomia política dos indivíduos, necessária numa sociedade livre, exige que as pessoas livres sejam responsáveis, e responsabilizadas, pelos seus atos. A igualdade de tratamento por parte do Estado para todas as pessoas, com direitos iguais para todos e privilégios diferentes para ninguém. Só uma sociedade livre é capaz de gerar cidadãos responsáveis, comprometidos, informados, empreendedores, criativos e altruístas.
Temos hoje necessidade de ter um acompanhamento muito próximo entre a divisão social da Câmara Municipal, a Junta de Freguesia e associações locais que trabalham muito proximamente a área social. Um foco de apoio na reconversão profissional, com ajuda na busca de emprego é fundamental que tal seja criado na nossa Vila. Temos pessoas carenciadas com falta de acesso a transportes públicos de Argoncilhe para São João da Madeira, onde se encontra o Centro de Emprego. Ter uma ligação, por exemplo um dia por semana, em horário a definir e que as pessoas se pudessem deslocar (as que não têm transporte próprio) ou criar uma extensão a nível local para apoio à busca de emprego ou criação do próprio emprego seria outra solução. Temos de estar cientes que não resolvemos os problemas atirando dinheiro para cima dos mesmos, mas ajudando. Ajudar as entidades municipais na identificação de casos graves de pobreza ou risco das mesmas, assim como de tentativas de fraude é hoje um ato de cidadania.
Argoncilhe é uma Vila onde as pessoas gostam de ajudar, com muitos anónimos e associações a fazê-lo. Existe muita pobreza envergonhada, pelo que uma caixa de ajuda, em que anonimamente os cidadãos possam identificar situações que conhecem no seu lugar ou na sua rua e assim a autarquia possa fazer chegar à divisão municipal social da Feira é uma ideia importante a colocar em ação.
Ao mesmo tempo e porque muitos pobres têm animais de companhia, por vezes a sua única é importante a Promoção do bem-estar animal, controlando a população de animais errantes respeitando o desenvolvimento saudável e o bem-estar dos animais, e utilizar toda a capacidade instalada, seja do sistema público, privado e/ou social, garantindo assim um melhor uso do dinheiro dos contribuintes. Partindo também a nível local (concelhio) pelo reforço, à semelhança de anos anteriores, de uma campanha de esterilização de animais a nível local, recolhendo, esterilizando e vacinando as populações de animais errantes, celebrando, para tal, protocolos com centros médicos veterinários, estabelecimentos de ensino, instituições zoófilas e demais associações de defesa, proteção e abrigo de animais. Aliás esta foi uma das bandeiras da IL a nível nacional e que gostaríamos de ver replicado a nível local.