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  • Opinião
  • A pergunta que se impõe
  • Daniel João Santos
    28 de Outubro de 2022
  • A pergunta que se impõe

    Agora que se completa o primeiro ano deste último mandato de Emídio Sousa como presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, este é o terceiro, é necessário perceber o que se tem feito por cá.

    Foram para comemoração inauguradas duas obras: o percurso urbano do Cáster e o requalificado Largo da Igreja/Arraial de Lourosa.

    Positivo, apesar das algumas objeções ao percurso que já por aqui escrevi, várias deficiências que ali existem, está prometida a retificação das margens e terrenos envolventes ao Cáster até ao final do ano. Em dois meses não parece possível, mas espero que assim seja.

    Emídio Sousa volta a anunciar o maior investimento Municipal em obras: 

    64 empreitadas em curso por todo o território, 31 projetos prontos para entrarem em obra e os mais de 100 projetos em fase de estudo prévio.

    Se a isto tudo juntarmos mais umas centenas de ideias avulsas que são lançadas para o ar, ideias que desaparecem tão rapidamente como aparecem, mais umas centenas de projetos de intenções e mais umas centenas de promessas, então temos obras para o próximo século e meio, pelo menos.

    Todas as obras estruturantes continuam por fazer. São obras que aparecem num Orçamento. dão notícias nos jornais, não são realizadas e desaparecem no Orçamento seguinte.

    Apesar do positivo que se fez, nem tudo pode ser mau, o negativo é a forma como se faz um enorme foguetório com projetos que nunca passaram para além de um ‘estudo prévio’.

    Agora que entramos no último ano de Emídio Sousa como presidente de Câmara, atenção que não é engano meu — são dois anos e depois passa a pasta ao vice-presidente para dar já balanço para a transição —, só posso considerar que Santa Maria da Feira perdeu tempo precioso para a construção de um Concelho moderno, competitivo e principalmente com um rumo definido.

    A oportunidade para uma mudança de rumo aproxima-se. Mesmo com uma governação assente em mais de 40 anos a oportunidade vai existir.

    Falta saber: alguém agarra a oportunidade convencendo os Feirenses disso ou quem governa na Feira consegue segurar reinado?

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