Agora que a mobilidade e ambiente estão na moda, por cá não é exceção, impõe-se uma reflexão sobre estas temáticas. Em Santa Maria da Feira começou-se pelo telhado.
Quando se exigem profundas reformas estruturais ao nível ambiental e da mobilidade, a Câmara Municipal ficou pelo superficial.
Poderia ter começado por pressionar e lutar um ‘Vouguinha’ eficiente, livre das automotoras a gasóleo, capaz de ser um metro de superfície com ligação ao Porto.
Deveria ter avançado para o tão prometido centro coordenador de transportes na Feira.
Poderia ter começado por soluções que retirassem o peso automóvel das zonas urbanas.
Deveria ter avançado por uma reforma do sistema de transportes do Concelho, tornando-se eficaz, abrangente e capaz de oferecer soluções aos Feirenses. Transportes modernos e ambientalmente neutros.
Poderia ter começado por tantas coisas, mas começou pelo telhado: trotinetes.
Construíram ciclovias a ‘torto e a direito’, ineficazes e perigosas.
Avançaram com um sistema de aluguer de trotinetes e bicicletas, que embora seja uma boa ideia, a sua concretização deixa muito a deseja.
Depois mais uns planos. Depois mais umas estratégias disto e daquilo.
Depois mais umas fotos e mais um momento de ‘folclore’.
O que deveria vir no fim, mesmo no fim, vem no início. Dá fotos e fica bem no jornal.