Jorge de Andrade
À data em que lhe escrevo esta missiva, inicia-se o maior evento que esta cidade organiza, a Viagem Medieval. Não será certamente sobre o evento a razão da minha escrita, mas sobre os dias do seu preparativo, não olvidando os anteriores eventos, Imaginarius, sunset’s e outros de menor dimensão. Todos contribuem para a maior concentração de estacionamentos ilegais, na Rua António Castro Corte Real. Não só, mas em cada, os moradores que denunciem. Cada um faça a sua parte.
Agradecia a sua explicação, para a diferenciação dos condutores, quando estacionam o seu veículo em cima de um passeio para fazer compras, ou outra acção que seja e outros que estacionaram para se deslocar a um sunset no Castelo, ou se encontram a erguer umas cubatas para a Viagem Medieval, Imaginarius… ou foram de passeio ver as modas no parque?
É o acto em si que gera a ilegalidade, ou a ilegalidade só acontece em determinados momentos da vida feirense?
Há dias certos e dias errados para a ilegalidade?
Depende do guisado que o agente comeu, ou do lado que o senhor se levantou da cama?
Eu sei que a pergunta deveria ser: “Qual o critério?”
Dias antes dos primeiros eventos neste parque, após confinamentos, era possível observar a polícia a fazer cumprir a lei, a condutores que, por momentos, indevidamente estacionaram o carro em cima do passeio.
Semanas depois, ou o passeio já não existia e tudo fazia parte da rua, ou então os anteriores condutores tinham sido abusivamente multados, no mínimo admoestados, pela polícia?
A excepcionalidade deveria respeitar o significado da palavra. Excepcional.
No mundo dos Costas e dos Emídios (não encontro diferenças, nem na forma, nem no conteúdo) as excepcionalidades são frequentes, demasiadas. Acontecem sempre que lhes convém. Contudo, só subsistem quando encontram, quem com eles pactua. O seu caso.
Será que os Feirenses merecem o cuidado da sua explicação. É que estamos fartos de uns serem filhos de Deus e outros de um deus menor. Na verdade, nem sabemos quando o Deus é grande ou pequeno, simplesmente porque o senhor não foi zeloso no desempenho das suas funções.
Perguntamos todos: Qual foi a razão para o seu mau desempenho?
É o senhor um incompetente, ou simplesmente pactua com a ilegalidade?
Se pactua com a ilegalidade, qual o seu limite?
Qualquer delas é motivo mais que suficiente para apresentar o seu pedido de demissão, no mínimo, um sério e público pedido de desculpas aos Feirenses.
Eu sei, no mundo dos Costas e dos Emídios, ninguém se demite, nem é demitido, muito menos se apresentam desculpas. Era só o que faltava. ‘Biba’ a ditadura das maiorias.
Ainda assim, ficamos na expectativa que o bom senso prevaleça, de quando em vez, e mereçamos a sua consideração numa explicação.