Daniel João Santos
Membro da direção do Núcleo da Feira da Iniciativa Liberal
Silly season: Expressão inglesa que designa o período do ano de menor intensidade informativa nos media, geralmente o período de verão. Pode ser traduzida por ‘estação ridícula’. Nesta altura, os critérios de seleção jornalísticos tornam-se mais flexíveis, passando a considerar como relevantes assuntos que, geralmente, não constituiriam objeto de notícia.
Por outro lado, também podemos afirmar que alguns fazem questão de serem protagonistas com ações ou afirmações que condizem com esta ‘estação ridícula’.
Numa das nossas rádios um comentador, durante um programa de debate, afirmou que o executivo camarário não deve dar grandes explicações à Assembleia Municipal (AM). Segundo o senhor opinador, basta dar essas explicações nas reuniões camarárias à oposição PS. O resto da oposição pode ir lá assistir e ouvir.
Definitivamente, estamos perante uma concreta desvalorização da AM, os seus eleitos e o voto dos eleitores.
Não bastava o ar enfadado de muitos deputados municipais durante a Assembleia, o estilo ‘isto é tudo nosso porque temos maioria’ e arrogâncias diversas, não havia necessidade de alguém de dentro do poder dizer algo tão ridículo e tão abertamente.
Se o objetivo de tal afirmação era dar um ar de conhecedor, com afirmações opinativas relevantes e ser um “fazedor de opiniões”, então falhou redondamente com o ridículo da afirmação.
Se o objetivo era participar na silly season com uma afirmação ridícula, então: parabéns atingiu o pretendido.
PS.1 – Transcrição integral de uma frase no Facebook da Câmara Municipal e para refletirem durante as férias: “Uma torneira aberta durante um minuto gasta 12 litros de água, o suficiente para garantir as necessidades básicas diárias de um milhão de portugueses.“
PS.2 – Também eu participo na silly season ao considerar como relevantes assuntos que, geralmente, não constituiriam objeto de notícia.