Dinastia é o período de sucessão, que reis e rainhas, pertencentes a uma mesma família, permanecem no poder.
A dinastia é perpetuada pela escolha do sucessor do trono, que automaticamente passa para o filho primogénito do rei ou rainha.
Quando o soberano não deixa herdeiros, os demais membros da família entram para a linha de sucessão.
Tem-se vindo a assistir em Santa Maria da Feira à sucessão tão anunciada e mal disfarçada por parte de quem dirige o nosso Concelho.
O facto de Emídio Sousa, presidente da Câmara da Feira, sempre ter gritado aos quatro ventos o seu amor pela Feira, a sua luta diária pelo seu o desenvolvimento e sermos um dos melhores concelhos do país, convenceu uma maioria, mas outros mantiveram a desconfiança.
Quem ama assim Santa Maria da Feira, como Emídio Sousa apregoa, leva o seu mandato até ao fim. Quem todos os dias se levanta para melhorar o seu Concelho luta até ao último minuto. Quem tem em todas as suas células a marca de feirense, nunca abandona o seu posto. Mas isso sou eu que acredito na Feira.
O facto de Amadeu Albergaria, vice-presidente/vereador da Câmara da Feira, ter dito em entrevista a um jornal que estava apenas disponível para cumprir o mandato de vereador, também convenceu uma maioria, mas também outros mantiveram a desconfiança.
O facto de Emídio Sousa em um dos mais importantes momentos políticos do ano, apresentação de contas em Assembleia Municipal, ter ido de férias e ter sido Amadeu Albergaria a tomar o se lugar é significativo.
Significativo é também a presença de Amadeu Albergaria em todos os eventos, assumindo a liderança de muitos, aparecendo em todas as fotos de obras e ações camarárias.
Significativo é o apagar de Emídio Sousa e o seu lançamento para outros voos.
Significativo é, infelizmente, uma grande maioria de feirenses estarem desinteressados no que acontece politicamente no nosso concelho e esta possível passagem do ‘reinado’ ser mais um argumento para este afastamento.
Um dos meus maiores desejos é que este artigo de opinião seja um erro.
Sim, desejo que mais uma vez não se deixe um mandato a meio e se faça uma sucessão dinástica não referendada.