Desde há tempos que o Clube Desportivo de Fiães, que nasceu em 19 de novembro de 1956 para servir o desporto, nesse tempo apenas o voleibol, que tem assistido a uma renovação que, vista na altura com alguma desconfiança, se tem revelado deveras promissora.
Naturalmente, porque no passado domingo [dia 8], fui um dos distinguidos pelos dirigentes do clube, que tudo o que escrevo pode ser entendido como um agradecimento. Mas não se trata disso. Quem me conhece sabe bem que quando entendo criticar nada me impede de o fazer, mas quando acontece o contrário, isto é elogiar, também não o enjeito.
Daí que, seguindo sempre a linha que me tem orientado ao longo de mais de seis décadas ligado ao jornalismo, comece por criticar quem há meses tem deixado «fora de serviço» o marcador eletrónico do pavilhão. Ninguém compreende que o marcador, indispensável para quem quer seguir com atenção o desenrolar dos jogos, esteja avariado há tanto tempo. Quem é o responsável? Em última análise a Câmara Municipal, mas com certeza, antes dela, quem tem por obrigação de chamar a atenção para a anomalia.
Agora vamos às coisas que nos enchem de alegria. Antes de tudo, a excelente campanha que está a fazer a equipa feminina sénior. Completar a primeira fase do campeonato regional da 3.ª Divisão em 1.º lugar, apenas com uma derrota (na negra) em 13 jogos, é um feito. Um feito que lhe vai permitir disputar a fase final do Campeonato Nacional, tendo como adversárias as(!) equipas mais bem classificada da Associação de Voleibol de Lisboa (Oeiras ou Pell), da Madeira e dos Açores.
Vamos lá campeãs!!! Vamos conquistar o título nacional e dar mais uma alegria aos fianenses. De parabéns estão, não só os dirigentes do clube, como os seus treinadores (a aposta em Arlindo Lopes está mais que justificada), e estão de parabéns todos aqueles que jogo após jogo acompanham a equipa, nunca lhe faltando como o seu apoio.
Pois, no passado domingo, a tarde foi de festa no pavilhão. O voleibol foi rei. Um jogo dos infantis masculinos e outro das juvenis. Duas derrotas, mas na certeza de que nas duas equipas há gente com futuro na modalidade. Nas seniores, sem surpresa, o triunfo foi das fianenses, por 3-0, frente às suas congéneres do Desportivo da Póvoa. A muitos do ex-jogadores que ajudaram a escrever a história gloriosa do clube, a direção resolveu entregar os diplomas de sócios de mérito, a dois dos seus melhores servidores: Orlando Sá e Fernando Pais. Antes do início do último jogo, a que assistiram fianenses que há décadas não têm regateado esforços ao serviço do clube.
E, como aqui, sou jornalista e não mais que isso, sou obrigado a falar de mim. Fui distinguido com o diploma de sócio honorário. Uma honra que apenas tinha sido atribuída ao Dr. Domingos Coelho, sócio fundador, infelizmente já falecido.
E, como estamos a falar dos méritos deste clube que em novembro vai completar 66 anos de atividade regular no voleibol nacional – é um dos oito que estão inscritos na Federação Portuguesa de Voleibol ininterruptamente – nada melhor que terminar com uma grande notícia. Pela primeira vez na história do Clube Desportivo de Fiães, temos uma senhora na presidência da Mesa da Assembleia Geral. Trata-se da fianense Cláudia Marina dos Santos, uma autarca – secretária da Junta de Freguesia – que passou a ser a figura máxima do clube.
Parabéns para ela e, sobretudo, parabéns para o meu GRANDE CLUBE.