É do conhecimento comum que os autarcas que elegemos têm como missão gerir os impostos que pagamos e aplicá-los duma forma racional e sustentável no sentido de proporcionar a todos os munícipes condições sociais, económicas, culturais e de lazer, contribuindo assim para o seu desenvolvimento enquanto cidadãos inseridos na comunidade.
Na nossa cidade o desenvolvimento nos últimos anos tem assentado no sector imobiliário privado, através de condomínios fechados ou habitações que não estão ao alcance da maioria da população trabalhadora, o que prejudica, de sobremaneira, os jovens que, em início de carreira, procuram uma primeira habitação para constituírem família. Quanto à habitação social e alojamento com rendas acessíveis e controladas, a escassez é confrangedora, pelo que, no meu entender, é urgente minorar esta situação por quem tem responsabilidades neste sector.
Cabe aqui referir que existem obras reivindicadas pela cidade há vários anos: o tribunal, mercado municipal, central de camionagem, novo centro de saúde, novo cemitério, a reorganização do trânsito, nomeadamente, a ligação da zona da Cruz para a zona nova da cidade junto aos Passionistas com melhores condições de acesso, quer pedonal quer por viaturas. Todavia, continuamos em compasso de espera, e talvez não seja descabido lembrar que Santa Maria da Feira deve ser a única cidade do país com um único semáforo a regular o tráfego automóvel.
No que respeita à rede de transportes, também é escassa a ligação para outras cidades como Aveiro, Porto, Coimbra e Lisboa.
Outra das lacunas da nossa cidade prende-se com a falta de equipamentos para recolha dos vários tipos de lixo em todas as ruas. Na verdade, é deplorável observar os inúmeros sacos de lixo colocados nos passeios, a qualquer hora do dia, isto para não mencionar as montanhas de resíduos em volta dos poucos contentores existentes. Acresce que também é lamentável depararmo-nos continuamente com dejetos dos cães espalhados na via pública, devido à falta de civismo dos seus donos. Por outro lado, seriam bem-vindos mais bancos espalhados pela cidade para que os transeuntes, sobretudo os mais envelhecidos, pudessem descansar.