Lambidas as feridas, perdoem a expressão, a candidatura do Partido Socialista à Assembleia da Junta da União de Freguesias de Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo e após cuidada análise aos resultados das eleições de Outubro, entendeu que estava a dar os primeiros passos de uma viagem que a há-de levar ao triunfo final. Porque a vontade de servir a União na resolução dos seus ingentes problemas não permite desfalecimentos.
O lema de uma campanha que se iniciou num período conturbado da nossa vida social, que impediu que a essência da candidatura pudesse atingir os seus objetivos, era dar “Muito + pela nossa Terra". Esta premissa não pode ser abalada por um percalço de circunstância. A vontade de servir supera todas as vicissitudes.
Nesse sentido e para iniciar de pronto e com tempo a sua tarefa, corresponderam ao honroso convite do Delegado para o distrito de Aveiro da ANDST – Associação Nacional dos Deficientes Sinistrados do Trabalho, a fim de se inteirarem dos problemas mais prementes que afetam esta União de Freguesias nomeadamente no que respeita a barreiras arquitetónicas e dificuldades de mobilidade para as pessoas portadoras de deficiências motoras e visuais.
E assim, no passado dia 11 do corrente mês, três dos membros eleitos pela lista do Partido Socialista para a Assembleia da Junta da União de Freguesias da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo, encontraram-se com o senhor António Silva, responsável pela estrutura concelhia desta associação.
Deste modo, foi possível apurar o elevado número de situações existentes que dificultam a vida quotidiana destes cidadãos que se vêm relegados para uma situação de esquecimento que não merecem de todo e que em nada dignifica o trabalho da autarquia no sentido de minorar estas falhas. Existe um número significativo de cidadãos portadores de deficiência que se sentem ostracizados pelos órgãos de poder na medida em que têm que enfrentar obstáculos de mobilidade todos os dias e que, em casos extremos, os obrigam a ficar confinados nas suas casas ou a ter de recorrer à ajuda de terceiros para realizarem deslocações curtas e que se pressupõe que deveriam ser simples e fáceis. Pelo contrário, assiste-se a toda uma série de irregularidades que são desconhecidas ou ignoradas pela maior parte dos cidadãos e que em nada contribuem para que todos possam usufruir da qualidade de vida a que têm direito. Para estas pessoas, circular por valetas ou passeios estreitos, cheios de ervas a que se soma muitas vezes o depósito caótico de sacos e de recipientes do lixo, a falta de rampas de acesso ou, no caso de existirem, que apresentam um desnível intransponível para quem se movimenta em cadeira de rodas, postes de iluminação mal colocados que se transformam em mais um obstáculo a transpor, a escassez de lugares de estacionamento em pontos vitais e a sinalética inadequada e pouco precisa contribuem para que a mobilidade nesta união de freguesias se torne uma verdadeira aventura e um teste à paciência e resiliência dos afetados. Como elementos da Assembleia da Junta da União de Freguesias, consideramos que urge alertar quem de direito para esta situação e unir esforços no sentido de corrigir e colmatar as questões mais urgentes e gritantes que afetam consideravelmente a vida de cidadãos de pleno direito.
Esta foi a primeira iniciativa de uma caminhada que dá os primeiros passos, porque esta candidatura, integrada de muita juventude à mistura com alguma veterania tem a noção que uma maratona sempre começa na primeira passada.
Outras se seguirão, numa abordagem das inúmeras associações e departamentos que têm por missão servir a região e deste modo procurar ultrapassar as suas carências, numa perspetiva de futuro e de imediato através da sua participação na Assembleia de Freguesia.
A candidatura socialista e a sua líder a professora Carla Adriana Pinto, têm a perfeita noção de que será uma tarefa ingrata, semeada de escolhos, mas sabem igualmente que só os vencidos desistem.