Alcides Costa
Professor de língua e cultura portuguesas/aposentado
Hoje [Domingo] é o dia 25 do mês de Abril. Não fui, não vou, nunca irei festejar a liberdade. Não vou estar à espera de que certos figurões me outorguem a liberdade e também nunca aceitarei que alguém diga que me concedeu a liberdade.
A liberdade não é um conceito abstracto. Ela é inerente à condição de humano. A liberdade vive-se e festeja-se em nós todos os dias sem que estejamos à espera de um dia especial para o fazer.
Não aceitemos que aqueles que vivem à custa da liberdade nos concedam um dia para com ela convivermos, porque ela é de todos os dias. A liberdade é pertença do ser individual e do ser colectivo que dispensam solenidades e paternalismos para a festejar. E se algum dia se vier a perder a liberdade, é aos homens e às mulheres de bem que compete reconquistá-la, nunca aos que dela vivem.