Assistimos impávidos, como bons cidadãos portugueses a mais um circo nas políticas de saúde e em particular, no que diz respeito à imunização contra o Covid-19.
Com palhaços malabaristas a tentar, e repito, a tentar alegrar o público com verdadeiras acrobacias que não resolvem nada, deixam-nos mais pobres e ainda nos ofendem com uma desonestidade intelectual atroz...
Tudo começa a um nível central, com o próprio Ministério da Saúde a navegar à vista, com tomadas de decisões que nem lembra ao diabo cometer tais atrocidades aos portugueses. Temos exemplos que chegariam para um argumento de um filme de longa-metragem.
Vamos ao plano vacinal, a hipocrisia e a manipulação reinam, característica nobre dos defensores de esquerda, que em primeiro lugar distribuíram vacinas como se fossem ‘pintarolas’ para as crianças do infantário, usando mais uma vez um meio publico para satisfazer os amigos e pagar favores...
O nosso líder, André Ventura, personaliza os ideais do partido quando afirma que “Não faz sentido que os dirigentes políticos, ainda que sejam órgãos de soberania, tenham acesso ao processo de vacinação quando existem ainda milhares de idosos por todo o país que ainda não foram vacinados”.
Além de racionar mal as vacinas, traçam mal um plano de administração privilegiando sem saberem bem os que estão a fazer, pois temos grupos de doentes crónicos que têm direito e outros não.
Após muita reflecção, nós no partido, estamos verdadeiramente atónicos. Então existem portugueses doentes crónicos de primeira e outros de segunda? Sem que para isso seu médico tenha dado parecer positivo ou negativo?
Mas afinal que é que percebe do quê neste país?
Decisões do foro estritamente clínico nas mãos de decisores que não fazem a mínima ideia do que é tratar pessoas? São aquilo que eu chamo dos palhaços num circo e que ainda por cima os portugueses estão a pagar um bilhete muito caro para assistir a este espetáculo e sem que para isso se divirtam como num verdadeiro circo se tratasse.
Pois é, um bem essencial á saúde publica e segurança nacional levianamente manipulado, esta é a cruel verdade e mais uma vez o Chega insistentemente a apelar pela transparência.
Vejamos as vacinas, primeiro distribuíram-nas mal, depois priorizaram-nas mal, agora mal sabem se as vacinas que compraram, sim já as compraram, se servem ou não.
Primeiro serviam para os maios novos, depois só servem para os mais idosos... e lá está o circo.
Bombardeiam-nos nos órgãos de informação com notícias contraditórias e convidam mais uns palhaços para darem pareceres ditos científicos e o espetáculo continua.
No fim para credibilizar o circo e os palhaços vão se socorrer do Vice-Almirante. Conclusão, que não sabe é como quem não vê.
Para o Chega, a vida, a saúde e o bem-estar dos portugueses é a prioridade e a transparência um meio de resolver os problemas.
Defendemos que perante a necessidade de imunizar a população só existe um caminho, por a viola na mão do tocador.
Portugal é um país geograficamente pequeno, e temos uma ferramenta já por si complexa, mas operacional, que sempre a usamos com eficácia, que se chama Plano Nacional de Vacinação.
Este Plano envolve profissionais de saúde e profissionais que trabalham na área da saúde, com funções diferenciadas e estão preparados tecnicamente e cientificamente para operacionalizar o Plano Nacional de Vacinação. Além disso, existe uma enorme rede de estruturas locais distribuídas por todo o país para que as vacinas cheguem mais perto dos cidadãos. Mas perguntam vocês, e seria suficiente esta estrutura?
Claro que não, pois o objetivo seria acelerar o máximo possível para atingirmos a imunidade de grupo, por isso defendemos que teríamos que reforçar o Plano Nacional e toda a sua estrutura recorrendo às nossas forças militarizadas, portanto, no nosso entender, o Vice-Almirante seria um dos primeiros a entrar em cena e não o último.
As nossas forças militarizadas sempre estiveram preparadas para cenários deste tipo, desde o organizar e monitorizar os confinamentos até a operacionalização das imunizações, passando mesmo pelos processos de higienização e desinfeções de estruturas e equipamentos.
Nunca percebemos porque estes meios nunca foram acionados na sua plenitude, pois tínhamos salvado muitas vidas, mas agora entendemos que, o mais importante para estes decisores são os palhaços no circo.
Na concelhia do Chega de Santa Maria da Feira, estamos convictos que, se estivesse á nossa responsabilidade esta tarefa, ela seria célere, eficaz e ainda a mais baixo custo.
Vamos começar pelo investimento, que, na nossa perspetiva todo o dinheiro e recursos deslocados para grandes centros de vacinação em massa poderia ser aplicado diretamente nas estruturas do SNS onde se vacinam os portugueses e já ficaríamos mais dotados e capacitados para no futuro imunizarmos com processos mais céleres e eficazes. O que assistimos, como por exemplo no Europarque, é uma despesa que no final é desmantelada, como um circo que se montou e desmontou apos término do espetáculo.
Também parte desses recursos, deveriam servir para investir nas equipas de vacinação para estas se deslocassem aos domicílios dos cidadãos sem mobilidade ou com mobilidade reduzida, potenciando a cobertura nacional. Estes decisores vêm na televisão como fizeram em Nova Iorque e acham que fica bonito replicar no nosso território...
Deslocar cidadãos de sítios recônditos do nosso concelho para o Europarque, quando existem extensões do centro de saúde a prestar cuidados de proximidade é de uma infeliz decisão, mas agora percebo, pois recentemente a RTP noticiou a criação desta Unidade em Santa Maria da feira e lá está o circo com os palhaços a serem entrevistados a encher o ego.
Vamos agora á parte clínica, pergunto eu onde estão os médicos de Saúde Publica para fazerem a sua análise clínica dos seus utentes para depois chegarem á conclusão da prescrição da vacina?
Estamos a vacinar em todo o canto e esquina, sem que para isso haja o mínimo controlo clínico. Vacinam-se profissionais de saúde nos hospitais e lares que muitos deles tem problemas de saúde crónicos e os seus médicos de família não são perdidos nem achados nesta decisão. O Chega pergunta, estes cidadãos podem ou não ser imunizados e quando deve ser feita essa imunização?
Este exemplo pode ser replicado á restante população, mas não, a DGS e o Ministério da Saúde é que decidem quem são os prioritários e emanam as ‘listas de Schindler’ para ao Centros de Saúde trabalharem e muitos deles a nível nacional ainda nem as têm.
Confusão total, um ato clínico que não é decidido por profissionais de saúde. Estamos chocados.
Agora o governo pede aos hospitais para colaborarem no processo de vacinação da população, sim os hospitais, devem achar que os hospitais não têm mais nada que fazer.
Já foram massacrados durante este tempo todo e agora ainda vão ter de colaborar num processo de saúde preventiva que não lhes diz respeito?
Vivemos um processo de risco na saúde pública, e foram montar tendas nas portas dos hospitais, entupiram os cuidados diferenciados, escravizaram os profissionais pois suspenderam-lhes os tempos de descaso, sobrecarregaram-lhes os horários de trabalho, privaram-nos das suas famílias, não lhes pagaram as compensações devidas, tiveram que se organizar para se auto vacinarem, e agora ainda vão ter que participar na vacinação nacional?
E todo o trabalho pendente referente aos doentes não Covid-19 em que os hospitais estão agora envolvidos? Os Cuidados de Saúde Primários vão ajudar os hospitais nessa tarefa?
Decisões incongruentes em cascata tornando o nosso SNS sem capacidade de resposta á população.
Percebem agora porque a revolta e o discurso do Chega se torna por vezes efusivo, porque não podemos continuar com esta incompetência, chega!