Para ti, Anabela, que também amavas este dia
… e que lutaste, na minha companhia,
com entusiasmo e alegria!
Com os salteadores escondidos no covil
Aproxima-se o 25 de Abril…
Quantos sonhos, quantas emoções?
Tantas promessas, tantas desilusões!
A Liberdade anda de cabeça erguida
A igualdade ficou… esquecida!
Honra e glória aos militares da Revolução
E aos que nela estiveram ‘de coração’!
Em quase cinquenta anos fizemos pouco…
Às vezes o Povo é cego, mudo e mouco!
Em muitos aspetos a revolução não foi inteira
Esqueceu-se de quem mete ‘dinheiro sujo’ na carteira
E da Justiça, e, às vezes até da Democracia
Assim como da Ética, da Saúde, da Educação e da Harmonia…!
Nunca é tarde e vai sendo altura
De não dar ‘motivos’ aos amantes da ditadura
Temos que ser solidários e fraternos
E mandar os políticos oportunistas prós infernos!
Eleger para a Assembleia gente sábia e séria
Em vez de lá termos esta ‘porca miséria’!
A ‘Direita’ ficou atordoada, mas bem de vida
A querer recuperar a ditadura vencida
Ressurgiram uns figurões esganiçados
A ‘dispara(ta)r’ para todos os lados…
Querem regressar ao tempo ido
Para ele, os escravos e os pobres fazem sentido…
Olham para a pobreza com desdém
Não passam de uns filhos da … mãe!
Querem que a ditadura volte
E ensaiam mil maneiras de ‘dar o golpe’!
Precisamos de estar atentos
Saber donde lhe vêm os proventos
Avaliar a sua legalidade democrática
E se for caso disso, pô-los de ‘licença sabática’
Mesmo havendo, ainda, tanto por fazer!
A ditadura não pode voltar a acontecer!
Queremos o futuro, hoje!
Porque em cada momento a vida nos foge!
Queremos Paz e Igualdade
Não queremos ódio, violência e maldade!
A guerra não é para esquecer
São sempre os mais fracos a morrer!
Temos que ser capazes de perdoar
Mas os criminosos… têm que pagar!
Atrás das grades e de outras formas
Mas, para isso, a Justiça precisa de reformas!
No Poder só devem estar pessoas honestas
E nunca larápios e outras bestas!
Saudações democráticas, minha gente
25 de Abril sempre, sempre, sempre!