Foram tantas as tecnologias, como os assistentes virtuais, os 3G e 4G, o armazenamento em nuvem, entre outros, que mudaram as nossas vidas nos últimos dez anos.
As redes sociais, por exemplo, trouxeram, literalmente, as nossas vidas para o online. Na era dos computadores de mesa, praticamente 100% do que era registado nas redes sociais eram uma coleção de experiências carregadas após o facto, ou seja, um registo do que acontecia no passado. À medida que as redes sociais migram para o smartphone, ela se torna uma transmissão instantânea de experiências de vida.
Além disto, segundo o site https://www.statista.com, muito provavelmente pelo mobile, o número de utilizadores globais redes sociais, aumentou de 970 milhões de pessoas em 2010 para 2,96 mil milhões em 2020.
Segundo a VOX (2019), os anunciantes perceberam esta mudança e passaram a "investir" os gastos em plataformas de redes sociais e em mecanismos de pesquisa, a tal ponto que em 2019, os gastos com publicidade digital ultrapassaram os de meios de publicidade tradicionais, como TV e rádio.
Próximos 10 anos
Porém, já que o poder computacional aumenta exponencialmente, não linearmente, o mesmo acontece com a taxa de mudança - e isso significa que os próximos 10 anos devem incluir muito mais mudanças tecnológicas do que os últimos 10. Outras tecnologias como as impressoras 3D, a Internet das Coisas (IoT), as redes de sensores, a inteligência artificial (IA), assim como outras tecnologias que, neste momento, ou estão em desenvolvimento ou em amadurecimento, irão mudar drasticamente nosso mundo na próxima década.
Para ter uma ideia, em relação à IoT, segundo o STATISTA, em 2019 ultrapassamos o limiar em que há mais coisas conectadas à Internet do que pessoas no mundo, atingindo a incrível marca de 8,3 mil milhões. E, segundo as projeções, espera-se que em 2025 a marca alcance os 21,5 mil milhões de coisas conectadas, o que equivale a mais de três dispositivos para cada pessoa na Terra. Aliadas ao IoT, estão as redes de sensores de baixa potência que coletam, transmitem, analisam e distribuem dados em grande escala. Estes sensores estão a ser embutidos em sapatos, medicamentos como inaladores para asma e dispositivos de cirurgia exploratória médica. A Sparked, por exemplo, uma startup holandesa, implanta sensores nas orelhas do gado para monitorar a saúde e o paradeiro das vacas.
Estes sensores e a IoT, aliados ainda à IA, poderão alavancar a telemedicina. E este será um setor muito importante, visto que, conforme a população envelhece, haverá uma pressão crescente para reduzir custos, melhorar os resultados dos pacientes e otimizar o tempo dos médicos.
A digitalização adicional de cuidados de saúde, por exemplo, nesta época de COVID, poderia ajudar a monitorar e acompanhar melhor os casos dos utentes doentes que estão em casa.
A tecnologia, por sua própria natureza, é imprevisível, mas ainda é possível olhar para o trabalho que está a ser feito pelos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em todo o mundo e ver pistas sobre o que o futuro reserva.