Gosto de sal
Não de Salgado
Quem, por querer, fez tanto mal
Devia ser exemplarmente condenado.
Ricardo era o chefe, o mandante
De um grupo coeso e bem-falante
Que convencia os que trabalhavam consigo
Que o chefe é que sabia e não havia perigo!
E os políticos que comeram da gamela
Que fizeram tantos cair na esparrela
De confiar as suas poupanças
Nas mãos do mega expert de finanças?
O que é feito dos que se deliciavam no seu império?
Alguém sabe dizer-me ou é mistério?
Esta fraude põe a nu o pior deste ‘cantinho’
E claro que o Ricardo não agia sozinho…
Por maior que fosse a sua competência e esperteza
Uma burla daquelas… metia mais gente, de certeza!
E o Poder
Estava fartinho de saber?
A alguém que não nomeio, mas que detesto
Tiro o chapéu por não ter deixado fazer ‘o resto’.