Em tempos incertos, nada propícios a grandes manifestações, mais de natural confinamento, é o futebol que vai rivalizando com o ‘bichinho’ que nos chegou da China.
Covid-19 e o desporto-rei são os açambarcadores da comunicação social.
Hoje, porque em tempos de pandemia a modalidade ainda vai reinando, vamos falar de futebol. E dois temas estão na ‘berra’: F.C. Porto campeão e Jorge Jesus que regressa ao clube de onde saiu e sobre qual debitou uns ‘bitaites’ – desculpa lá, Hernâni Gonçalves, sei que se cá estivesses desculpavas um amigo – que ainda não foram esquecidos por muito dos benfiquistas que, agora, não veem o seu regresso com muito bons olhos – como, aliás acontece comigo.
Mas, como os campeões são os primeiros, vamos lá falar do campeão. Um campeão justo, não pelo futebol exibido, pois se assim fosse teríamos o Famalicão, Rio Ave, Santa Clara, Moreirense e até Gil Vicente à frente, mas porque, com um técnico que transportou a sua mística enquanto jogador, para a sua tarefa de treinador, conseguiu um feito que há uns meses parecia impossível.
Mas foi possível. E bem. Parabéns ao F.C. Porto e, sobretudo, parabéns a Sérgio Conceição, que soube conduzir uma equipa recheada de alguns bons jogadores, mas algo desequilibrada, ao título.
Mas, como no melhor pano cai a nódoa, ao melhor pano (equipa e treinador) o presidente do clube resolveu colocar-lhe uma nódoa.
Assim, o ‘melhor e mais titulado presidente mundial de um clube’, de nome, Jorge Nuno Pinto da Costa, resolveu, numa altura em que a festa merecia uma demonstração de como saber ganhar, demonstrar que, como já por diversas vezes demonstrou, não saber perder, demonstrar que não sabe ganhar.
Aquelas pseudo/piadas, do agrado de uns quantos, que se dizem portistas, mas que mais não são que capachos do presidente, não agradaram a quem está no futebol por gostar da modalidade, muitos desses, adeptos fervorosos do F.C. Porto. Ouvi e li muitos comentários de portistas de alma e coração, que em nada eram favoráveis aos ‘ditos irónicos’, como alguém apelidou as ‘infelizmências’ do presidente portista.
Parabéns ao F.C. Porto pelo título conquistado. Mereceu-o inteiramente. O que não merecia era assistir a um mau momento do seu n.º 1, numa altura em que a festa se fazia.
Jesus regressa. Há muito que se anunciava este desfecho. Apesar disso, e sem estar em causa o seu valor como treinador, há muitos benfiquistas que não o queriam ver na Luz. Mas, agora, porque acima dos nossos gostos estão os interesses do Benfica, o treinador dos benfiquistas deve ser Jorge Jesus. É com ele que vamos lutar pelo que esta temporada tão estupidamente perdemos... e tentar outros voos, que a águia já em tempos atingiu, e de onde tem andado arredada há muito.