A gratidão é uma forma de reconhecimento que pode ser exercida publicamente quando é devida por motivos relacionados com entidades oficiais ou particulares, mas sempre com a intenção de agradecer, pelos atos, bens ou gestos praticados direta ou indiretamente, em proveito da sociedade ou limitada quando assuntos pertencem a particulares.
Embora considere de carater publico, individualizo texto, com o propósito de lembrar o saudoso e Ilustre Feirense, Padre Domingos A. Moreira, que legou um valiosíssimo espólio Documental, Científico, Cultural, Pesquisa, História e outros de valor reconhecido internacional mente, mas pouco conhecido pela maioria do público nacional e mesmo por grande parte dos habitantes da região, que ignora o valor duma individualidade que merecia ser lembrada, como exemplo de humildade pessoal, sacerdotal e mais ainda como intelectual sábio, que até já foi considerado por alguém como pessoa predestinada!
O “Jornal Portucalense” datado em 9 de fevereiro de 2011, publicou um Perfil Cultural do Padre Domingos Moreira, de onde transcrevo a seguinte frase: “O Doutor Carlos Alberto Ferreira de Almeida, seu condiscípulo, escreveu em 1969 que o P. Domingos era um sábio já de nomeada europeia, embora pela sua alta especialidade e tacanhez dos horizontes pátrios, o seu nome fosse entre nós pouco conhecido”.
Deixar de exaltar uma personalidade que nos legou uma Obra de reconhecimento internacional, enquanto nem as autoridades concelhias nem as entidades citadas em testamento limitaram-se ao cumprimento exigido, mas, quanto à gratidão, nada há a acrescentar?
A Cidade de Fiães, uma das terras contempladas com valiosos documentos, alguns antes desconhecidos, mas todos a enriquecer o invejável passado histórico, mereciam pelo menos uma cerimónia esclarecimento à população de Fiães organizada pela Junta de Freguesia. Pessoalmente, já não estranho este procedimento, porque normalmente, até os nossos conterrâneos, são esquecidos!
O exemplar Padre Domingos, não era natural de Fiães, mas além da Obra doada, demonstrou sempre a sua admiração e amizade pela nossa terra! Posso afirmar, que nunca insinuou em ser recompensado, nem argumento que justificasse qualquer dificuldade em realizar os trabalhos que lhe foram solicitados.
Por razões atras referidas, penso que a Cidade de Fiães, também é devedora duma homenagem de gratidão e reconhecimento dum Amigo que deixou um espólio informativo, cultural e histórico de grande valor e que talvez jamais fosse conhecido, por falta de alguém com a sua capacidade e vontade que lhe era peculiar em servir a Cultura da sua especialidade.
No próximo ano, pela passagem do décimo aniversário do seu falecimento, será uma boa ocasião, da homenagem de que é credor?
Para mal da nossa Terra, parece que todas as virtudes e realizações tão de agrado dos Fianenses, estão a perder-se ou mesmo a desaparecer, o que se torna prejudicial, até para o futuro da Cidade.