Nos últimos dias temos assistido, a um autêntico filme que nada mais nada menos que mais um clássico da política portuguesa.
Fomos confrontados, com a saída de Mário Centeno, das Finanças, e por sua vez de Presidente do Euro grupo. Numa altura onde os festejos a volta do dito Ronaldo das finanças eram apregoados por Mundo fora... 5 anos de gestão, para uns que desconhecendo a julgam exemplar e notória sem saber as linhas que levaram a designar um excedente Orçamental, quando enumeras empresas choram pela rua da amargura com faturas por receber, por parte do executivo governamental, o mesmo que te oferecer um bolo mas ele estar fechado a sete chaves, e teu mas não o podes comer.
Com um momento, critico e de grande crise económica, que Portugal e resto do mundo estão a atravessar, será difícil algum ministro ter tarefa fácil, na gestão dos orçamentos. Pior o caso de Portugal onde o novo Ministro das finanças, tem o dever de dar continuidade ao difícil trabalho deixado pelo seu anti-sucessor.
Centeno será lembrado não só pelo feito do excedente orçamental, mas também pelo ministro que abandona o barco numa altura em que os portugueses mais precisam. Sai pela porta dos fundos, como um cão rafeiro, foge de seu dono sem este se dar conta, com fintas e malabarismos d forma a deixar pouco rasto do seu encoberto trabalho e de qual vai ser seu destino. Se seu desejo ser Governador do Banco de Portugal, então estaremos perante uma das maiores afrontas a democracia Portuguesa, falta de credibilidade política do momento e a falta de transparência fica gravemente em causa. Haverá momentos em que o Governador do Banco de Portugal terá de se prenunciar sobre decisões tomadas do antigo ministro das finanças, e isso cria a maior das incompatibilidades e credibilidades no sistema financeiro e bancário.
O novo Ministro das finanças João Leão, com bons conhecimentos dos Orçamentos executados até ao momento, tem a difícil tarefa de enfrentar estes tempos de crise mundial. Entra numa altura em que temos ‘mar bravo na costa’, com uma imprevisibilidade do que se segue, pelo défice gigante que temos já este ano, pela escalada em grande ritmo da dívida pública, pela execução de possíveis cinco novos impostos Europeus, ou na sua alternativa o grande aumento da fatia de participação no Orçamento da União europeia o que lhe vai dificultar muito mais as contas, sem ter que aumentar ou inventar impostos, assim como os riscos financeiros e económicos.
António Costa, joga de lado colocando sempre manteiga de milho para a saída de um e a entrada de outro sejam bem mais rápidas de forma a que não haja tempo de reflexão cabal nos portugueses, dando um empurrão ao Bloco e uma cotovelada atabalhoada ao PAN, a ver se com toda a trapalhada coloca o ‘Ronaldo das Finanças’ no Banco, mas desta vez no Banco de Portugal.
Vivemos, assim, neste momento, uma situação deveras critica e perigosa na democracia de Portugal em que em causa fica sempre a transparência dos factos de um dos maiores ícones de um Governo que é o Ministério das Finanças....
Entra Leão, sai o rafeiro e mantém-se o trapalhão...