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  • Opinião
  • CARTA ABERTA – Quinta da Murtosa
  • Ana Andreia de Bastos
    27 de Abril de 2020
  • CARTA ABERTA – Quinta da Murtosa

    Sendo natural da aldeia de Mosteirô, não posso deixar de manifestar o meu apreço e orgulho pela proposta da Direção-Geral de Cultura para a classificação da Quinta da Murtosa, localizada em Mosteirô, como Monumento de Interesse Público.

    Esta quinta retratada na obra de Eça de Queiroz, “A Ilustre Casa de Ramires”, reside no imaginário colectivo da população local e são vários os relatos de memórias vividas dentro dos seus muros altos de granito, pois sempre esteve aberta e disponível à população da freguesia, bem como a iniciativas culturais. Lembro, com particular carinho, a ‘Rota das Árvores Senhoriais’, que através de um percurso pelos espaços circundantes à casa senhorial, nos deu a conhecer a história das suas árvores monumentais, tais como sequóias, magnólias-de-flores grandes, murtas e um singular tulipeiro-da-Virgínia classificado e, possivelmente, com mais de 150 anos de idade.

    É fácil encontrar pelas ruas da aldeia quem tenha memórias e histórias para contar sobre a Quinta da Murtosa, quem tenha as chaves do portão para fazer caminhadas nos seus jardins, quem zele pela preservação futura da sua história através de estudos documentais sobre a sua fundação, por simples devoção e dedicação à preservação da sua memória. 

    Mais do que uma quinta, é um símbolo do orgulho comunitário. Ainda hoje, junto ao portão sul, a partir das relações de vizinhança criou-se um movimento de moradores que de forma altruísta, zela com cuidado e dedicação uma fonte de água e presa, mantendo a memória viva daquele lugar, que está intimamente relacionado com a abundância de água e que se reflecte no desenho paisagístico dos lagos e percursos de água do jardim da quinta. Da mesma forma, a população local, contribui para a manutenção do caminho romano, Via Antiga de Mosteirô, monumento classificado pelo IGESPAR que se inicia junto à entrada norte da quinta, no lugar da Murtosa. 

    Estes gestos carregados de grande simbolismo demonstram que o património não se resume aos edifícios, estendendo-se aos jardins, às árvores e caminhos, e principalmente à memória dos lugares, o elo que fortifica o relacionamento de várias gerações. 

    Enquanto arquitecta e aproveitando esta janela de oportunidade, lanço um repto urgente e imperativo ao poder municipal de olhar para a construção do território das nossas aldeias, não só sob o prisma lacónico do Plano Director Municipal, mas incidindo sobre a singularidade da sua organização territorial, pois encerram em si uma história que se deve preservar para garantir a sua permanência. A definição física de um lugar importa e afecta o seu significado, tendo repercussões na sua preservação futura. E por esse motivo é importante salvaguardar as construções com cariz vernacular, não impondo a sua demolição em função dos perfis de arruamentos e/ou afastamentos e redesenhar o espaço público com a principal preocupação do significado de lugar, arruamentos arborizados em prevalência à circulação automóvel, por exemplo.

    A aldeia, por vezes, parece remetida para o lugar do regresso às origens, à casa, ao lar, mas no caso da construção social e territorial de Santa Maria da Feira as aldeias estão povoadas de pessoas, de afectos, laços familiares e relações de vizinhança. São lugares de vivência, de comércio local, educação e trabalho. E como tal, há semelhança da atenção que se dá aos centros históricos das cidades, devemos abraçar uma abordagem que permita a preservação da identidade patrimonial dos lugares e a reinvenção social nas aldeias. 

    Como tal, bem-haja à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira pelos esforços concentrados na classificação e consequente valorização do nosso património, da nossa memória.

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