La Grande Halle de La Villette, Paris
Crise. O mundo está em crise.
Os desafios são constantes e evolutivos – mudança do clima, terrorismo, migração, insegurança cibernética, entre outros mais. Enfrentá-los requer cooperação internacional e uma ação ativa e coletiva.No entanto, a colaboração é cada vez mais difícil, e a produção e o desenvolvimento de medidas efetivas e soluções parecem ser uma falha do sistema internacional.
Para onde estamos a caminhar? Qual é a direção? Ou será ela variada? E os Direitos Humanos, estão a ser impreterivelmente considerados? E a internet, onde os dados são hackeados e as fake news a serem uma realidade cada vez mais frequente? E o populismo? E a Justiça Internacional?
Os espaços democráticos estão a diminuir e as desigualdades e o abuso de poder a aumentar. A cooperação é uma palavra chave no que diz respeito ao combate do aquecimento global e na mitigação da escassez de recursos; é imprescindível, também, quando se fala em fomentar a igualdade de género e em promover a proximidade intergeracional; (…), só assim conseguiremos criar sociedades mais pacíficas.
Todas estas situações não são propícias à paz! São propícias, sim, a conflitos intercontinentais. E, por isso mesmo, é fundamental reduzir estas tensões internacionais e sermos atores atentos e sensíveis a estas questões. A paz só será sustentável se houver uma governação global eficaz e, para isso, todos somos necessários.
Enquanto Criminóloga e em representação da Associação Portuguesa de Criminologia, estive presente no Fórum da Paz de Paris, nos dias 11 a 13 do corrente mês.
Este Fórum é um encontro Internacional iniciado pelo Presidente Francês, Emmanuel Macron, e é um evento que é realizado com o objetivo de colocar a governação global e multilateralismo no topo da Agenda Internacional. É também um espaço inovador, um espaço de discussão e de partilha que reúne mais de 30 Chefes de Estado e de Governo e mais de 6000 participantes, com o objetivo de encontrar soluções para os desafios globais.
Emmanuel Macron, no seu discurso, convocou e desafiou todos ao combate das mudanças climáticas, às desigualdades económicas, ao terrorismo, à desinformação, ao cibercrime; o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que precisamos de uma Europa unida e forte; Úrsula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, falou da abordagem responsável e consciente ao nosso planeta, da luta contra a corrupção, do respeito pelo Estado de Direito e pela da dignidade da pessoa humana; Félix Tshisekedi, Presidente da República Democrática do Congo, enalteceu a importância do diálogo e da proximidade com as comunidades.
Termino com uma frase de Pascal Lamy, Presidente do Fórum da Paz de Paris, que na minha ótica representa um olhar esperançoso e positivo perante o futuro, na base da promoção da paz e da segurança, exaltando a importância da inclusão de todos para a mudança:
“Tu podes, efetivamente, garantir que amanhã será um dia melhor.”.
/Juliana Rocha, 27 anos, Santa Maria da Feira
Nota curricular: