Conhecidos que são os programas eleitorais dos diferentes partidos, somos surpreendidos com propostos de partidos de esquerda que demonstram um total desconhecimento e desprezo pelo interior e pelo mundo rural, pelo seu modo de vida e cultura identitária, pelas suas tradições. Quem nunca se preocupou nem fez nada pela melhoria de oportunidades das populações rurais deveria no mínimo de se abster de nos colocar mais dificuldades!
Iludidos com os possíveis lucros eleitorais de um novo populismo ambiental, com o crescente número de pessoas vegetarianas e vegan e com o aumento de pessoas que se preocupam com os crimes contra animais, BE e PAN disparam asneiras infundadas e que só representam um ataque à agricultura, à pecuária, à caça e a diversas tradições do mundo rural.
O apoio dado aos criadores de gado e produtores de leite, majorados quando se trata de raças autóctones como a arouquesa, é imprescindível para a viabilidade económica da atividade. Esta é das poucas que garante a subsistência das populações das nossas aldeias e ajuda no combate ao seu abandono. A caça é outra das poucas atividades que suporta muitos espaços rurais, sendo conhecida e provada a sua importância económica e os seus aspetos positivos na conservação dos territórios e no combate aos fogos florestais e é fundamental na preservação da biodiversidade. As proibições que estes partidos políticos tentam introduzir na lei portuguesa vão afetar não só o ecossistema como prejudicar os produtores pecuários, criadores de pequenos ruminantes e explorações familiares que sofrem perdas constantes com os ataques de raposas e javalis. Os caçadores e os agricultores são pessoas conscientes da importância que estes predadores têm nos nossos ecossistemas e as suas populações devem ser reguladas e não exterminadas. Não confundam caça com crimes contra os animais!
A indiferença e desconhecimento do mundo rural, dos ecossistemas e de quem os habita, não pode ser uma justificativa válida para o apresentar de propostas cegas.