Acostumamo-nos a beneficiar das oportunidades que o Gabinete da Juventude promove. A prática da mercê resulta do envolvimento permanente naqueles que são os projetos também por nós concebidos e, posteriormente, por nós coloridos.
No âmbito dos SMF Youth Days foi-nos lançado o desafio de fazer uma larga e conjunta abordagem sobre a Europa e a sua amplitude, denominada “Be Active – Shape Europe”, financiada pelo Europe for Citizens”. Nós, que instigávamos o debate, fazíamos, creio, com a clareza de que os nossos primeiros passos foram dados já em soalho europeu. E que, por isso, não tivemos de calcorrear diferentes rugosidades, como acontecera com a geração que fez da ânsia delimitada um agrado portátil. As distintas realidades europeias perceberam que em reunião ampliavam o seu prestígio.
Às tantas, eu e os meus colegas, começávamos a esgrimir os ganhos do projeto europeu e tantos eram que perdíamos a conta. Economicamente, a articulação permitiu-nos fazer frente às então economias emergentes e atenuar a dependência norte-americana. Politicamente, o compromisso passou pela respiração democrática, medida pelo pulso capitalista. Socialmente, a máxima dos Direitos Humanos seria assegurada. No entanto, tantos outros desafios afrontam o que juntos havíamos atingido. Talvez até ofusquem o lustre do velho continente. As manifestações de populismo ganham asilo no descontentamento popular perante os embaraços governamentais; as perícias económicas comprometem o crédito político; as crises de dívida soberana que fazem da esperança o melhor paliativo.
Enfim, um enredo de perturbações que nos apelam a uma instantânea intervenção. O debatido é adquirido. O que é assimilado tende a ser aplicado. Desta vez a Europa foi, oportunamente, razão de debate.
De lamentar será, por vezes, a renitência grisalha subestimar o empenho petiz. O avesso traria, quem sabe, a resolução enamorada para tantos males.