Fui assistir à Assembleia Municipal “empurrado por duas curiosidades:
O perdão da divida à P.Parques e o assunto de transferências de competências para a Autarquia.
O primeiro assunto ficou resolvido a contento da empresa devedora ao Município, contra os interesses dos Feirenses, ou seja, a Câmara perdoou mais de meio milhão de euros a uma empresa que durante uma década andou a viver a nossa custa, com o aval de Alfredo Henriques e Emídio Sousa.
Custou, até doeu, observar a vereadora, drª Helena Portela e o presidente a defenderem o perdão de uma divida daquele valor, a uma empresa, que enquanto não cumpria o contracto obrigava os Feirenses a pagarem o estacionamento, nem sequer fizeram contas a esse dinheiro, que, como sabemos era religiosamente recolhido pelos funcionários e familiares do empresário durante estes nove anos em que fomos “roubadinhos”.
Deixem-me que vos diga drª Portela e drº Emídio, neste assunto havia duas questões que nunca deveriam ter sido ignoradas: a questão financeira recuperar os prejuízos provocados por uma empresa caloteira e a dignidade da Câmara Municipal. Era tão urgente minimizar os prejuízos como recuperar a autoridade e dignidade do Município que foi tão maltratado por uma empresa que mereceu a nossa confiança.
Triste também foi escutar o argumentário do senhor José Leão, não foi fácil escutar tanto disparate sem possibilidade de intervenção para solicitar-lhe importantes esclarecimentos.
Para este deputado municipal, tribunais não são de fiar, tanto jogam a nosso favor como contra, um risco que ninguém deve correr.
Pensava eu que o tribunal fazia justiça de acordo com a lei do estado a que pertence. Nada disso! Nem percebi para o que servem, no entender daquele deputado municipal. E como não podemos confiara na justiça: “…por isso senhor presidente parabéns pelo acordo.”
Um risco? Mas porquê? Não entendi nem ele explicou, ou melhor explicou sim, como lhe interessou, disse que podíamos (Câmara) perder a acção. Ou José Leão não acredita na justiça ou então sabe que a Câmara tinha feito asneira e da grande, que nos punha em risco de perder, não meio milhão mas vários milhões de euros. Mas como bem lhe interessou, não nos apresentou as razões pelas quais podíamos sair perdidos duma acção judicial.
É que se o fizesse deixava a Câmara e o presidente, (não só Emídio de Sousa, como também Alfredo Henriques) em muito maus lençóis, bem sujos, e isso o senhor Leão não o faria, jamais, explicar a verdade não tem interesse e os Feirenses não aparecem nestas contas. Apareçam para votar e depois calem-se. É assim a forma como actuam.
Foi triste e bem demonstrativo da classe politica que temos. São capazes de dizer mal da “mãe”, (o estado de direito a quem devem permanente lealdade) para safar o amigo de partido.
Façamos um acto de contrição! Culpa nossa. Estes indivíduos apresentam-se a eleições e nós perpetuamos os seus mandatos com os nossos votos ou com a falta deles. São os Salazarinhos desqualificados dos nossos tempos, copiam os erros que toda a vida imputaram ao original.
O outro assunto, a transferência de competências, não tenho dúvidas estou com o nosso presidente e rejeitaria completamente essas transferências, se no limite do prazo da decisão não fosse conhecedor das condições. Até la aguardava, deixando o sério aviso de que não contassem com cheques em branco do Município Feirense. Afinal só estou com o presidente no que concerne a passar cheques em branco ao governo.
Falar em cheques em branco, não tínhamos (Câmara= Emídio Sousa e Helena Portela) acabado (dinhos) de passar um cheque em branco, pior que isso, por a cabeça dos Feirenses no cepo, por uma empresa que durante uma década nos prejudicou gravemente e ainda nos ameaçou com um processo em tribunal, quando vivia à custa do erário publico e do dinheiro dos Feirenses?
É caso para perguntar:
Adormeci e passei por um pesadelo, ou isto é mesmo a triste verdade da nossa política local; indivíduos Incongruentes, Irresponsáveis, Inconsequentes?
Permitam-me os senhores leitores um conselho: assistam e estejam mais atentos a estes momentos da política local e no dia das eleições, contrariamente ao voto partidário, talvez surjam mais votos nas pessoas e nos programas que apresentam, ou então ninguém vai votar.