Há duas semanas, o presidente da Câmara Municipal acusou a líder da oposição na vereação, Margarida Rocha Gariso, de ser autoritária. Em outros tempos provocou, afirmando que a sua liderança não era apreciada internamente no partido e que se incompatibilizavam com ela. É uma falsidade e tal argumento é apenas utilizado por quem se sente ameaçado pela sua convicção e garra em conquistar aquilo que a maioria do povo deseja – maior rigor e transparência na gestão pública. É a sua frontalidade, conhecimento e capacidade de interpretar os dossiers autárquicos que cria receio nos seus adversários políticos, quer internos como externos, e quem está na política de entrega total sem interesse pessoal não se deixa incomodar por tais características. Enganam-se aqueles que pensam que dentro de cada partido político é tudo um mar de rosas, existe muito debate, confronto de ideias e, em algumas pessoas, vontade de promoção e controlo. Na Margarida Rocha Gariso apenas reconheço o que de melhor espero de um político. Ainda me recordo de irmos à Universidade de Aveiro reunir com o investigador Luís de Sousa e, na altura, presidente da Transparência e Integridade, procurando conhecer novas formas e mecanismos para melhorar o trabalho político no Concelho sob honrosos valores. Na Assembleia Municipal, no mandato anterior, a liderança de Margarida Rocha Gariso revelou uma enorme capacidade de trabalho e de envolvimento de todo o grupo de trabalho, eleitos e não eleitos, convidados, e outras estruturas internas do PS. Foi um mandato extraordinário comparado a tudo o que PS efectou ou efectua naquele órgão deliberativo. Margarida Rocha Gariso integrou independentes, motivou todos a participar e a que cada um se superasse. Muito se debateu e algumas vezes teve de ceder à vontade do grupo, enquanto houve outras que a sua convicção motivou o grupo a apoiar. Em qualquer trabalho de grupo ou em Democracia isso acontece, é por isso que entendo e apoiei convictamente a sua candidatura à Câmara Municipal. Seria a primeira mulher presidente da Câmara em Santa Maria da Feira e seria, sinceramente, a melhor! Pois além da competência que lhe é reconhecida também luta, com provas dadas, pelo que todos desejam na sociedade: maior rigor e maior transparência. Santa Maria da Feira perderá um enorme activo político quando Margarida Rocha Gariso se decidir afastar, mas até esse dia, que espero ser distante, ela continuará a ser um incómodo ao conformismo e comodismo do poder local.