Há um ano, o Correio da Feira acompanhava a polémica do envenenamento dos plátanos de Santo André. Um crime ambiental que recebeu do Poder Local completa indiferença, deixando entender-se que, se o crime resolvia um outro problema, se deixava incólume o seu autor.
Ter um vereador com a pasta do Ambiente, não é indicativo de que nos preocupamos com o meio ambiente. No caso da Feira assemelha-se a uma questão de “cosmética” nem sequer muito cuidada, pois o vereador em causa, se tem, não demonstra grande sensibilidade para a matéria e quando os problemas acontecem, assistimos a um sacudir a água do capote e à colocação da culpa em subalternos, como ficou demonstrado na entrevista que deu ao Correio da Feira.
Nada há a fazer por aquelas árvores que, alvo de crime, não resistiram, aguardando os seus despojos o desmembramento que agora terá de ser ordenado por quem virou a cara perante o atentado que as levou à morte, em longa agonia. A esses, quero dizer-lhes que a sua inércia os responsabiliza pela morte desses seres vivos, tanto como responsabiliza o autor do macabro crime.