A direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) anunciou a elaboração de planos de negócio para quatro novas Unidades Locais de Saúde (ULS), sendo uma delas na região. No próximo ano deverá ser criada a ULS de Entre Douro e Vouga, que irá servir a população dos municípios de Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Arouca, Vale de Cambra, Oliveira de Azeméis e parte de Castelo de Paiva.
Em reunião de Câmara, o assunto foi introduzido pelo presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, que deu a conhecer aos homólogos que o centro hospitalar e as unidades de saúde terão gestão integrada. “É um assunto que já se falou há cerca de sete anos e, na altura, pareceu-me vantajoso para o território. Entretanto, só agora voltou a ser proposto e é favorável. A saúde é um dos setores críticos na nossa sociedade e talvez a nova unidade ajude a melhorar”, opinou Emídio Sousa.
O autarca considera uma mais valia poderem nomear um representante para o conselho de administração, por ser sinónimo de uma maior “autonomia”. “Esta nova unidade vai trazer-nos autonomia, porque vamos poder nomear alguém para o conselho de administração. Vamos ter autonomia em termos de despesas; de investigação desenvolvida pelo nosso hospital; e na questão da saúde preventiva”. O atual Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga (CHEDV), que engloba os hospitais da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, estará integrado nesta USL.
Emídio Sousa recordou ainda que o Município foi o primeiro a ter um hospital com gestão empresarial, o S. Sebastião, e “o primeiro a ter médico de família para todos”. Já o socialista Márcio Correia achou pertinente ressalvar a “aposta do atual Governo, tanto na criação de unidades de saúde no concelho de Santa Maria da Feira, como também na dotação de melhores meios e recursos humanos ao CHEDV”.
As demais ULS serão criadas em Guimarães, Aveiro e Leiria. Os processos, que têm como objetivo a proximidade e integração de cuidados de saúde primários e cuidados hospitalares de forma integrada, bem como a autonomia das estruturas, deverão estar terminados no primeiro semestre do próximo ano, de acordo com o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo.