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  • Uma abelha que não desiste de produzir o seu mel
  • Daniela Castro Soares
    13 de Novembro de 2017
  • Uma abelha que não desiste de produzir o seu mel



     

    86 anos de vida, 60 à frente da Casa Plácido. A reforma é uma eventualidade de que Manuel Plácido nem quer ouvir falar pois na mercearia, onde os clientes que chegam a toda hora são conhecidos de longa data, há um legado a preservar. Mas há mais, há fotografias, pinturas e música, muita música que, com os seus seis gatos, forma a companhia ideal para as horas solitárias.

    Texto Daniela Castro Soares

    Fotos Diana Santos

    ?As coisas antigas estão na memória melhor do que as recentes?, diz Manuel Plácido, ao recordar-se de uma infância passada a brincar sozinho, como filho único, mas em que não faltou criatividade e imaginação. ?Ao contrário de agora, era eu que construía os meus brinquedos, com pecinhas de madeira. Construía casas, bicicletas? Tinha um tio muito engenhoso, que me construiu um automóvel que, suponho, poucas crianças tiveram. Os bancos eram almofadados com veludo, tinha instalação eléctrica e direcção assistida; e atrás havia uma espécie de parafuso onde encaixava uma vareta para que a criada, que empurrava o automóvel, também pudesse controlar a direcção. Era tão robusto que dava para andarem três crianças em cima do carro. Foi um privilégio?, descreve.



    Mas não só de brinquedos e brincadeiras se fizeram os primeiros anos, também de muitas histórias. ?Havia os jornais infantis, como ?O Mosquito?, que eu ia comprar todas as semanas, sempre ansioso para ver a continuação das histórias?, diz, chegando até a fazer ?chantagem?. ?Fazia grande pressão junto dos familiares para me contarem histórias, por exemplo quando estava doente, só deixava que me pusessem o termómetro se me contassem primeiro uma história. As novas histórias tornavam o meu mundo maior e mais rico e iam-me despertando para a vida adulta?, conta Manuel Plácido.

    Adeus ?boa vida?, olá escola

    A chegada da escola veio sem surpresas e já com os olhos bem abertos. ?Ao contrário das outras crianças, eu apercebi-me que naquela dia tinha terminado a boa vida e começavam as responsabilidades?, diz, numa época em que a professora ?tinha de leccionar ao mesmo tempo quatro classes e cerca de 60 crianças. ?Eram 60 diabitos?, brinca Manuel Plácido, recordando o ?ambiente de terror? dentro da sala que obrigava a professora a usar ?maneiras enérgicas? para manter a ordem.

    Ainda mais quando vinha o inspector, que punha todos ?em sentido?. ?A escola era frequentemente visitada por um inspector e ele controlava o ensino com um questionário aos alunos das diferentes classes. A minha professora colocava-me na carteira da frente para aguentar as ?investidas? do inspector. Um dia ele perguntou-me se eu conhecia algumas poesias e ficou surpreso quando eu lhe recitei ali uma série de poesias. Não era normal para uma criança da escola primária. Eram poesias infantis que eu tinha na memória e fui recitando-as?, afirma Manuel Plácido, que mantém, até hoje, a leitura de poesia nos seus tempos de lazer.

    Como em Santa Maria da Feira só havia escola primária, o jovem teve de frequentar o liceu no Colégio de São Luis, em Espinho. ?Todos os dias ia no primeiro comboio para Espinho. Era um dos melhores alunos do Colégio. Os estudos monopolizavam-me?, afirma. E monopolizaram-no de tal maneira que fez dois anos num só. ?Surgiu uma reforma do Ministério da Educação que permitia que se fizesse o 5.º e o 6.º num só ano. Meti na cabeça que queria fazê-lo, o que me obrigou a um esforço colossal, de estudar até altas horas da noite. Consegui passar no exame, foi uma grande vitória para mim, mas esse esforço, conjugado com má alimentação e as idas no primeiro comboio para Espinho, trouxeram-me problemas de pulmões, o que naquela altura era gravíssimo, as pessoas por norma faleciam desse problema?, conta. Convencido que ?ia morrer?, Manuel Plácido, então com 18 anos, abandonou os estudos. ?O meu pai aproveitou, como precisava do meu auxílio, e vim trabalhar com ele; e foi assim que vim parar aqui ao estabelecimento?, afirma.

    Casa Plácido (desde 1875)

    Foi em 1949 que ?marcou o ponto? pela primeira vez na Casa Plácido, mas a mercearia, fundada pelo bisavô, já existia desde 1875. ?Naquela altura, a Feira era extremamente mais pequena do que agora e a nossa loja era a grande superfície da terra. Seria talvez uma das maiores mercearias do distrito de Aveiro. Havia sempre grande afluência de público e o meu pai tinha muitos empregados. Não havia produtos embalados, os produtos tinham de ser embalados na hora. Dava muito trabalho?, diz. Uma loja que ia ?desde a rua principal até à Lavandeira? e que contemplava, além de mercearia, armazém, torrefacção de café, moagem e fábrica de licores. ?Naquela altura, os licores tinham muita aceitação, fabricávamos e vendíamos muitos licores. Um dos nossos empregados que foi para Moçambique, utilizando os licores criados pelo meu avô, abriu duas fábricas de licores ? em Maputo e na Beira ? e ficou milionário à custa disso?, revela.

    Hoje, a Casa Plácido é só mercearia, mas continua com um movimento fora da média. Manuel Plácido atende cerca de 100 pessoas por dia, sendo que o recorde está nas 200. É um ?banho de multidão? que não consegue deixar de ?tomar? e, com 86 anos, não pensa na reforma. ?Recebi esta loja dos antepassados e tenho a sensação que me passaram um testemunho ao qual tenho de dar continuidade. Também tenho a sensação que os meus antepassados, e sobretudo o meu pai, estão em qualquer lado, a ver o que estou a fazer, e satisfeitos pelo estabelecimento se manter em funcionamento, apesar de diariamente eu lutar contra quatro grandes superfícies?, diz.

    Em comparação com o pequeno comércio, contudo, Manuel Plácido não se pode queixar. ?O movimento e as vendas não têm diminuído?, garante. E como se explica este sucesso? ?Talvez um atendimento mais personalizado e também porque há certos artigos que agora as grandes superfícies não têm. Esses, eu, como sou mais antigo, mantenho, como por exemplo a Pasta Medicinal Couto?, revela. Tem uma ?gama variada de produtos? e quando os clientes pedem algo que não há na loja, apressa-se a tentar arranjar. ?Tento resolver o problema dos clientes, o que me obriga a um esforço bastante grande, atendendo a que estão sempre a falhar artigos, tenho de repor e isso dá muito trabalho, é preciso muito espírito de sacrifício?, refere Manuel Plácido, que chega à loja ?antes das 8h00 e ao fim do dia leva trabalho de escritório para fazer em casa?.

    O mundo devia ser uma colmeia

    Mas o ritmo de trabalho não o incomoda pois o que importante, para o comerciante, é ?dar um exemplo de produtividade?. ?Os nossos parceiros europeus têm a sensação que nós podíamos ser mais produtivos e eu gostaria que fôssemos. Se trabalhássemos um bocadinho mais, se calhar éramos mais ricos e felizes?, acredita Manuel Plácido, para quem o melhor da vida é, precisamente, ?trabalhar?. ?Estando eu ainda com uns restinhos de saúde, é uma ofensa a Deus não aproveitar esses restinhos?, afirma, enquanto prepara a loja, de manhã, para receber os clientes, alguns deles que viu crescer nos seus 60 anos de mercearia. ?Antigamente, quando ia ao cinema, conhecia toda a gente; agora já não porque a terra cresceu. Os de meia-idade já passaram aqui pela minha loja e tratamo-nos por tu?, diz. O mundo, para Manuel Plácido, devia ser como uma colmeia, ?onde todos se ajudam e todos se completam?. ?Se todos trabalhássemos no duro, surgiria o mel, um produto interessante, agradável, saboroso e bom para a saúde?, brinca.

    E há que continuar a trabalhar até porque os dois filhos, com a vida já arrumada, não planeiam tomar conta da Casa Plácido. ?Eles têm as suas profissões e, vendo o meu ritmo e horas de trabalho sem ter a compensação adequada, não estão muito mentalizados para vir. Não lhes quero mal porque cada um tem de olhar pela sua vida. E se eles trabalham metade do que eu trabalho e ganham o dobro, não posso zangar-me com eles?, diz. E quando Manuel Plácido não puder abrir a mercearia todos os dias às 9h00 em ponto? ?Não sei se [a Casa Plácido] conseguirá sobreviver. As autoridades em Portugal só pensam no comércio para ir buscar o dinheiro das contribuições. Nas outras profissões, toda a gente faz greve e consegue melhorar a sua situação. Os comerciantes nunca fazem greve, de forma que não sei até que ponto é que os pequenos comerciantes vão conseguir sobreviver. Levantam-nos dificuldades, proíbem-nos a venda de muitos artigos, há uma perseguição aos comerciantes?, lamenta.

    Os amores de Manuel Plácido

    Além da mercearia, há dois amores de que não abdica: a fotografia e a pintura. ?Completam-se, são parentes. Cada vez tenho menos tempo, mas quando tenho, esses são os meus hobbies?, diz, recordando a primeira máquina fotográfica, comprada em 1949. ?Logo no primeiro dia, fui ao Castelo tirar uma fotografia histórica, tirada cá para baixo, em que se vê que a Feira era uma única rua com umas casitas num montinho?, diz. Algumas das suas fotografias deram origem a postais, que vende na Casa Plácido, marcando em papel o grande dia das Fogaceiras ou monumentos como a Igreja da Misericórdia, o Convento dos Lóios, a Quinta do Castelo ou o próprio Castelo, num dia em que a neve caiu e ficou coberto de branco.

    Sócio número 6 do Clube Desportivo Feirense, adora o verde porque é a cor da Natureza e a sua casa é lar para seis gatos. ?A minha casa já teve 10 pessoas, faleceram todas, mas tenho para me receberem e me afagarem seis gatos?, refere. Gosta do cheiro ?inebriante? do jasmim, de um bom prato de arroz de favas e tem uma ?paixão assolapada? por Espanha devido à sua costela espanhola. ?Um dos meus avós era espanhol portanto eu sou produto da fusão ibérica. Sou apaixonado por Espanha. Quando falo com espanhóis, eles ficam chateados porque apercebem-se que conheço melhor a Espanha do que eles. Já estive praticamente em todas as cidades espanholas e conheço melhor a pintura, música e literatura espanholas do que a maior parte dos espanhóis?, diz Manuel Plácido.

    Está, neste momento, a estudar informática, que considera ?muito interessante?, gosta de ler e ?tem a mania? de coleccionar DVD?s de bailado clássico. Nada, contudo, bate o seu encanto pela música. ?Em todos os aposentos da minha casa, e no meu apartamento no Furadouro, tenho aparelhos do melhor que há para ouvir música. Quando me levanto, a primeira coisa que faço, antes de mesmo de calçar os chinelos, é ligar a Antena 2. Os meus rádios só trabalham numa única estação, a Antena 2, uma das coisas mais preciosas que há em Portugal. Tudo o que a Antena 2 transmite é digno de ser ouvido, fica-se mais rico depois de ouvir a Antena 2?, elogia.

    A bandeira do CDS-PP

    Mas há outra faceta de Manuel Plácido, mais conhecida do grande público, que não podemos deixar de referir: a sua militância activa no CDS-PP. ?A seguir ao 25 de Abril, apareceram-me muitos caminhos pela frente e tive de fazer uma opção. As minhas leituras de História mostraram-me que as políticas de esquerda, no século passado, sobretudo na década de 20, rebentaram com o país. Os nossos navios, quando entravam num porto estrangeiro, ficavam presos porque não tinham dinheiro para pagar o reabastecimento. Assisti à década de 30 em Portugal, toda a gente passava fome, dificuldades e desemprego, motivados pelas políticas de esquerda da década de 20?, diz Manuel Plácido. Daí que o CDS-PP ?pareceu-lhe a melhor opção?. ?Aderi por uma questão de patriotismo?, refere.

    Chegou a exercer funções durante o Estado Novo, como conselheiro municipal, e trabalhou durante muitos anos para instituições como a Misericórdia, o Feirense e a Comissão de Vigilância do Castelo. ?Eu e a Dra. Gilberta Paiva organizámos, em Santa Maria da Feira, 155 concertos de música clássica?, acrescenta Manuel Plácido, que ?teve a honra? de ser um dos fundadores da Academia de Música. ?Tenho a consciência tranquila porque antes do 25 de Abril fiz pela terra e pelo país aquilo que pude, utilizando milhares de euros da minha vida sem qualquer retribuição, ao contrário do que se passa agora. Depois do 25 de Abril, chegaram à conclusão que os meus serviços já não eram necessários. Eu já tinha cumprido a minha missão e assim pude dedicar mais tempo à minha família e profissão e ao meu descanso?, afirma.

    Pela sua contribuição ao país, o CDS-PP feirense tem-lhe prestado várias homenagens. ?Não totalmente merecidas?, atira Manuel Plácido que ?gostaria de dar uma colaboração ainda maior ao CDS?. ?São pessoas simpatiquíssimas mas nas homenagens que me têm feito, têm exagerado, eu não merecia tanto?, afirma, querendo ser apenas ?lembrado como um feirense que pela sua terra fez o que pôde e continua a tentar fazer?. ?Tenho muito orgulho em ser feirense. É uma satisfação muito grande ver o quanto cresceu a terra onde nasceu Portugal. Está cada vez mais linda e importante. Vou para o outro mundo feliz?, declara Manuel Plácido. E ainda mais se, durante a ?travessia?, for ouvindo a 9.ª Sinfonia de Beethoven.

     

    Nome Manuel Faria Plácido Resende

    Nascimento Sanfins, 23 de Novembro de 1930

    Idade 86 anos

    Profissão Comerciante

    Partido CDS-PP

    Clube CDFeirense

    Animais 6 gatos

     

    Um Livro Cosmos, Carl Sagan

    Uma Viagem Espanha

    Um Som Antena 2

    Um Filme Aniki Bóbó, Manoel de Oliveira

    Uma Cor Verde

    Um Cheiro Jasmim

    Um Lugar Santa Maria da Feira

    Uma Música 9.ª Sinfonia de Beethoven

    Um Prato Arrozinho de favas

    Um Animal Gato

    Um Objecto Pincel de aguarela

    Uma Frase Viva Portugal!

     

    RESPOSTA RÁPIDA

     

    O que o motiva?

    O pai do António Joaquim, o pintor, dizia ?é tudo tão lindo?. Eu digo ?viver é uma festa?.

    O que o preocupa?

    Não tenho grandes preocupações.

    Naqueles dias em que tudo parece correr mal, qual é o seu refúgio?

    A música clássica.

    O que mais gosta de fazer?

    Trabalhar.

    O que menos gosta de fazer?

    Não há nada que não goste de fazer.

    Se pudesse mudar uma coisa em si, o que mudava?

    Tirava mais partido da vida.

    Não sai de casa sem?

    Desligar a música.

    Qual o melhor elogio que lhe podem dar?

    Nem sempre fui perfeito, mas tentei fazer o melhor que pude.

    O que para si é insuportável?

    Adapto-me às circunstâncias. É como diz o provérbio árabe: Sabe quem é o homem mais rico e feliz do mundo? É aquele que se contenta com aquilo que Alá lhe destinou. Sou epicurista e por isso sou feliz.

    A sua palavra favorita é?

    Patriotismo.

    Qual a figura da história que mais admira?

    Infante D. Henrique porque deu novos mundos ao mundo.

    Quem são os seus heróis da vida real?

    O cidadão comum que luta e, mesmo assim, tem prazer em viver.

    Que qualidade mais aprecia numa pessoa?

    Amizade.

    Como é para si um dia perfeito?

    Não estar acamado.

    Que conselho lhe deram que nunca esqueceu?

    Perseverar.

    Se pudesse voltar atrás, a que ano regressaria?

    1948, quando fiz os dois anos num só ano, foi uma vitória.

    O seu lema de vida é?

    Trabalhar.

    Quem olha para si, o que não vê?

    Álvaro Cunhal dizia que ?todos os dias engolia sapos vivos?. Eu, de certo modo, também sou assim.

    O que é urgente o mundo perceber?

    Se todos colaborássemos, o paraíso de que falam os padres seria no nosso planeta.

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