Nélson Costa,
Diretor do Correio da Feira
O Correio da Feira (CF) está de regresso, diariamente, em formato online, desde 1 de setembro, e às bancas, esta sexta-feira, 10 de setembro. Com a corrida às Autárquicas a entrar na reta final — restam pouco mais de duas semanas para as eleições de 26 de setembro —, o foco está naturalmente, ainda que sem descurar os restantes temas do Concelho, naquelas que serão, provavelmente, das mais importantes eleições entre os últimos atos eleitorais autárquicos.
Importantes por diversas razões, mas principalmente por duas. Inevitavelmente, porque ainda vivemos uma pandemia que inquestionavelmente terá reflexos (mesmo que a mesma abrande) económicos e sociais nos próximos anos. E desengane-se quem acredita que as respostas estão exclusivamente entregues ao Governo central ou, ainda mais, quem pense que tudo voltará a ser como dantes, rapidamente. Não será assim. As autarquias terão papel decisivo para o que será a qualidade de vida das pessoas no (espera-se) pós-pandemia. Acresce a não menos importante entrada em vigor do novo pacote de transferência de competências e recursos para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais, que dará novas e maiores responsabilidades ao poder local.
A importância das eleições autárquicas para os diferentes territórios e para o país tem sido, inclusive, amplamente sublinhadas pelos diferentes partidos políticos, com Rui Rio (PSD) e António Costa (PS) à cabeça. No entanto, em Santa Maria da Feira, estranhamente — ou não — até à silly season, o debate, o apresentar de ideias concretas, esteve quase sempre amorfo. Uma posição que parece ter ‘adormecido’ os próprios feirenses, muitas vezes afastados do debate político, debaixo do pretexto de que “são todos iguais” (entre outros argumentos, menos compreensíveis). Falsos argumentos que não podem afastar as pessoas da política (a política é tudo o que nos envolve), de não terem iniciativa, deixando decisões importantes à mercê dos outros. Até porque, diga-se, olhando para o panorama concelhio, ao atual Executivo (com o mesmo líder, mas renovado nos seus suportes), juntam-se novas forças políticas, muitas caras novas nos restantes partidos, aumentando a pluralidade das mensagens e ideias.
Felizmente, o debate tem ‘aquecido’, espera-se que seja a alavanca decisiva para os feirenses se juntarem à discussão e tomarem a sua decisão em consciência.
No CF, continuamos a promover a explanação de ideias — que originem debate e decisões — com entrevistas aos candidatos à Câmara Municipal — nesta edição, Andrea Domingos (PAN) e Miguel Cruz (Chega), seguindo e finalizando-as, na próxima edição, com Emídio Sousa (PSD) e Márcio Correia (PS) —, apresentação de todos os candidatos às assembleias de freguesias — também nesta edição —, seguindo-se dos candidatos à Assembleia Municipal e de opinião especializada, esperando contribuir, desta forma, decisivamente para a mobilização e escolha acertada dos feirense, a 26 de setembro.